Nossa Senhora chegou naquela aparição, tava muito meiga e disse pra mim. E depois da mensagem Nossa Senhora perguntou para mim Meu filho, o que você quer de mim? Hoje era dia de Santa Bárbara e aí eu disse para Nossa Senhora assim Mãe do Céu, eu quero pedir uma grande graça para a Senhora, que eu sei que eu não sou digno, mas eu confio na bondade da Senhora e peço para Senhora uma grande graça. E aí ela disse assim Pode pedir. E aí eu disse para ela Assim eu gostaria de perguntar para a senhora se eu vou para o céu. Se a senhora me leva para o seu. E aí, Nossa Senhora olhou para o céu, fechou os olhos, depois olhou pra mim. E daí, abrindo as mãos postas e estendendo elas pra mim, assim me disse Sim, meu filho, você irá para o céu. Eu te dou essa graça, Eu te prometo. Você irá para o céu. E não apenas isso, Eu te darei todas as graças necessárias, não só para que você vá para o céu, mas para que você morra em odor de santidade e que você seja santo no céu e na terra também. E aí, na hora em que Nossa Senhora disse isso, eu desatei a chorar. Eu chorava tanto que eu não conseguia nem agradecer a Nossa Senhora. Eu só dizia sim, briga, brinca, brinca. Eu só chorava, só chorava. E aí Nossa Senhora, sorrindo, me deu a entender que ela entendia que eu estava muito emocionada e não conseguia falar. E aí, quando terminou a aparição, eu levantei. A minha tia já perguntou pra mim o que Nossa Senhora tinha dito.
E aí eu contei pra ela a mensagem que ela tinha dado. E contei também que eu tinha pedido para Nossa Senhora a graça de eu ir para o céu. E Nossa Senhora tinha prometido não só isso, mas também a todas as graças necessárias para eu morrer em odor de santidade e ser santo na terra e no céu. E a minha tia não sabia se ria, se chorava. A minha vó chorava, chorava, chorava sem parar. Nossa Senhora me deu a promessa solene do céu naquele dia 4 de dezembro de 93 e junto à promessa de me dar todas as graças para eu morrer em odor de santidade e ser santo na terra e santo no céu. Muito bem, essa promessa ficou comigo durante 23 anos, até agora, o dia 7 de junho, quando eu, aqui na aparição de Nossa Senhora aqui na capela, naquele dia, a minha perna estava muito inchada, doendo, meu pé estava igual um balão prestes a explodir e eu estava rezando aqui a hora da paz na cadeira do meu pai, Marcos Tadeu. Carlos Tadeu estava lá, eu, Marcos Tadeu na cadeira, Carlos Tadeu lá em Ibitira, diante da imagem que ele entronizou na praça, rezando o Rosário com as pessoas lá e eu aqui sentado na cadeira. Nossa Senhora veio, apareceu de repente, não deu tempo nem de me ajoelhar. E aí a Nossa Senhora fez assim, com a mão que não precisava, que ela entendia que eu estava com a minha perna inchada, doendo, não poderia me ajoelhar. Então o meu corpo ficou bobinho naquela hora.
Foi uma aparição tão forte que o meu corpo ficou completamente bobinho assim, bobinho. E Nossa Senhora chegou e me disse naquele dia que eu podia pedir qualquer coisa que eu quisesse. Então eu já estava com vontade de pedir isso. Alguns dias criei coragem e pedi pra Nossa Senhora que ela desse a graça da salvação eterna e o meu lugar no céu, a minha morada no céu, que ela tinha me prometido no dia 4 de dezembro de 93 pro meu pai Carlos Tadeu. Nossa Senhora arregalou os olhos. Pela. Pela minha. Pelo meu pedido. E admirada com meu pedido. E aí ela disse assim Você tem consciência de quão grande, sério e grave é isso que você está me pedindo, não tem? Aí eu disse Sim, sim, tenho. Ela disse Você tem também consciência que não vai ter volta mais. Você tem certeza que é isso mesmo que você quer? Você ama tanto assim o meu filho Carlos Tadeu, ao ponto de dar pra ele a coisa mais preciosa que alguém pode ter, que é a certeza do céu, da salvação eterna, o seu lugar garantido no céu e as alegrias eternas. Olha que fazendo isso, você está abrindo mão da sua felicidade eterna, correndo o risco de ir sofrer no purgatório por muito tempo no fogo. E mesmo assim você quer fazer isso? Aí eu disse assim Sim, mãe, eu amo ele tanto assim ao ponto de dar pra ele o meu lugar no céu, a minha morada, a minha felicidade eterna, mesmo que isso signifique que eu vá sofrer no fogo do purgatório por muitos anos, por muitos séculos depois da minha morte.
Ou talvez até que eu vá para o inferno sofrer para sempre. Mas eu prefiro, antes que ele seja feliz do que eu. Que ele seja salvo do que eu. Aí Nossa Senhora falou aquilo que vocês já ouviram, né? Falou que é ela que quer aquela minha resposta, que aquele meu ato de amor, de sacrifício, de renúncia, de esquecimento de mim mesmo, de abnegação em favor do meu pai, tinha agradado muito a Deus e a ela, e que então estava feito. E aí foi então que Nossa Senhora ergueu os braços para o céu. Ela brilhou com grande resplendor, e assim uma luz saiu assim de Nossa Senhora para o alto. Uma outra luz também saiu de mim. E eu vi, saindo do meu corpo e subindo para o céu. E quando aquilo saiu, eu senti que algo que estava dentro de mim também saiu de dentro de mim. E na hora eu já entendi o que era, que era o sinal da predestinação, que era o selo da salvação, da predestinação eterna. Aquele sinal dos salvos que só os salvos têm, aquela graça santificante, aquela bem aventurança que só os predestinados têm, que só os santos têm. Eu senti que aquilo saiu de mim e subiu velozmente. Entendi que saiu de mim e foi para meu pai, Carlos Tadeu, naquele momento, naquele mesmo momento. E eu senti que algo que eu tinha dentro de mim, que eu levava dentro de mim por 23 anos, a partir de então, não tinha mais. Eu senti um vazio dentro de mim.