Começamos lá fazer o pode unzinho. O altar que está lá hoje em dia, onde eu ajoelhava pra ver Jesus e Nossa Senhora. E essa imagem da Rainha Mensageira da Paz era posta assim que chegava da procissão. Muito bem, fizemos o altar, que não foi fácil e dava chuva forte, caía a parede que a gente levantava, a gente tinha que erguer de novo. Tinha um pedreiro que trabalhava lá conosco, que a gente pagava pra garantir que a gente fizesse tudo certinho, né? Aí o pedreiro também ficou com a cabeça atrapalhada, já não fazia nada mais certo. Demônio entrou no meio e jogou areia. Ele já não queria trabalhar. Aí quando conseguimos terminar o dinheiro, quando conseguimos terminar o altar, o que é que me acontece? Aparece uma pessoa na minha casa dizendo que aquele terreno ali onde a gente estava fazendo o altar de Nossa Senhora da Cruz, onde ela aparecia, era dele. E eu sempre tinha pensado que era de um tio meu. Inclusive ele tinha dito Nossa Senhora apareceu no meu terreno, Pode rezar aí o tempo que você precisar. Depois, quando você tiver condições, você me compra o terreno e a gente pensando que era no terreno do meu tio e não era, apareceu essa pessoa dizendo que o terreno era dele e ele disse Ou você me dá o dinheiro do meu terreno em uma semana, ou então eu entro com a máquina lá e derrubo tudo aquilo que vocês fizeram.
Gente, vocês não podem imaginar a tristeza do meu coração depois de ter construído aquele altar no mês de janeiro de 95 inteiro, de ter trabalhado no sol ardente para erguer aquele altar. Faltando uma semana só para o aniversário ter o quarto aniversário das aparições de 7 de fevereiro de 95, aparece aquela pessoa dizendo Ou você me dá o dinheiro ou eu derrubo tudo porque eu vou fazer uma casa ali. E eu disse Eu não tenho dinheiro. Ele falou Sim, ou dinheiro? Você põe na minha mão em uma semana ou eu vou derrubar. Nós. Vocês não podem imaginar a decepção, o cansaço, a sensação de fracasso, de impotência, a sensação assim nossa, até de quase desespero que me deu. Sinceramente, eu pensei nossa, não adianta mesmo eu lutar, porque eu nunca vou conseguir fazer nada pra Nossa Senhora, então é melhor desistir de uma vez. Mas aí Nossa Senhora dizia Reza, confia, espera, reza, confia, espera, aguenta firme, não desiste. Aí eu comecei uma novena. Falei eu vou ter que interceder por isso, se não essa batalha está perdida. Comecei uma novena, nem me lembro de qual terço. Acho que foi do Terço da Misericórdia, o das lágrimas e o da paz. Isso mesmo, esses três rezava todo dia pedindo pra Nossa Senhora providenciar o dinheiro, porque eu não tinha nem por nem que eu quisesse fazer toda a força do mundo, não conseguiria uma semana.
O dinheiro que ele tava me pedindo na época era um absurdo, era muito cara, eu não tinha. Ai eu tinha uma viagem marcada pra fazer um cenáculo em Minas Gerais, na casa de uma família amiga minha, numa cidade lá, e na segunda feira, assim que eu voltasse da viagem, o cara falou que ia na minha casa pra eu dar o dinheiro pra ele ou tava tudo perdido. Eu falei pra Nossa Senhora Minha mãe do céu, eu tenho essa obrigação pra cumprir com a senhora lá em Minas. Eu não posso desmarcar mais, porque a cidade inteira lá está esperando por mim. Milhares de pessoas. O que eu faço? Eu vou na confiança que um dia, quando eu voltar segunda feira, a senhora já vai ter providenciado para mim uma solução. Eu vou com coração despedaçado, apertado, nervoso, mas vou confiando que a senhora vai, vai me socorrer, vai me acudir. E fui. Fiz o cenário. Teve milhares de pessoas lá na cidade. Voltei na segunda feira. Quando eu chego na minha casa, minha surpresa Nossa Senhora usa as pessoas que a gente menos espera, às vezes, para poder ser canais da providência divina pra gente. A minha mãe tinha ido na minha casa me procurar no final de semana. Uma pessoa que era filha de uma de uma família de empresários aqui de Jacareí. No começo das aparições, muita gente de Jacareí vinha e essa família de empresários vinha nos cenáculos e a filha deles tinha ido em casa me procurar e eu não estava.
Aí a minha mãe, por obra de Nossa Senhora, conta pra ela o problema do terreno do morro e que eu não tinha dinheiro pra comprar o terreno do monte. Ela foi tocada por aquilo ali e ela disse Não, eu tenho esse dinheiro e eu vou tirá la do banco e vou trazer para o Marcos comprar o terreno do moço lá no morro e salvar o lugar. Eu vou buscar agora e vou trazer. Até a propósito, né? Não sei nunca. Não sei se estão, se estão assistindo agora ou se um dia vão me assistir. Mas se um dia ouvirem isso, quero agradecer de coração. A Família Six é uma família de franceses aqui de Jacareí, que foram eles que me deram dinheiro para salvar o lugar das aparições do Morro Antigo. Se não fosse a família Six, eu não teria conseguido salvar aquele. Aquele terreno é já em 95, Nossa Senhora estava expulsa dali pra nunca mais voltar. Então agradeço a eles, de todo coração, que sempre foram pessoas boníssimas, gentis, Generosíssimo comigo, com Nossa Senhora, onde quer que estejam. Recebam a bênção de Nossa Senhora, a minha gratidão e as minhas orações, porque eu nunca esqueci o que vocês fizeram por mim, viu?
