Meu filho. Hoje vou lhe revelar mais uma de minhas dores desconhecidas dos homens. Quando estávamos fugindo para o Egito no meio do caminho. José e eu conhecemos que, num certo ponto, haviam ladrões à espera de novas vítimas no caminho. Ao ver a aflição de José, temendo pelo que podia acontecer a mim e ao menino, meu coração foi transpassado por uma dor profunda. Ao mesmo tempo, eu sofria pelo que podia acontecer a Jesus e a José. E então levantei meu olhar ao céu e, com lágrimas de sangue nos olhos, suplica ao Altíssimo que nos socorresse e, se fosse de seu divino beneplácito, nos levar, nos livrasse daquele mal. O Altíssimo o viu concedendo que leões furiosos surgissem e perseguissem aqueles malfeitores. A isso o senhor fez surgir uma grande tempestade de areia que cegou completamente os malfeitores e nós pudemos prosseguir o caminho. Agradecemos o Senhor com novos e ferventes cânticos, pois que nos salvara com grande vontade. A dor que eu senti e concentrei desde então no meu coração. Jamais poderá ser toda entendida pelos mortais bem aventurada alma que se lembrar de a honrar, pois que eu a livrarem das mãos malignas e lhes concederem proteção e paz na vida. Meu filho, anuncie isto aos meus filhos até breve. Meu anjo!